ACOLHENDO CRISTO EM NOSSAS VIDAS
Hoje é domingo, Dia do Senhor para os cristãos. Dia de descanso,
adoração, louvor e oração. Especificamente, hoje se comemora a “Entrada
Triunfal de Jesus em Jerusalém”. Ou seja, Cristo se aproximava do ápice de seu
ministério – a razão pela qual veio ao mundo: “[...] tornando-se semelhante aos
homens e, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo até a morte,
e morte de cruz” Fp 2. 7b-8.
Esta história é narrada nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e
Lucas) e, também, no Evangelho de João. Embora os textos apresentem pequenas
diferenças e acréscimos entre si, sumariamente, os fatos narrados são os
mesmos: Jo 12. 12-19; Mt 21. 1-11; Mc 11. 1-11; Lc 19.28-40.
Os títulos das perícopes (delimitação do texto), são termos/palavras que sugerem uma entrada triunfal, mas isso
pode não ter acontecido. Devido à proximidade da festa da páscoa, a cidade de
Jerusalém, assim como os arredores e cidades circunvizinhas ficavam lotadas e
era comum que os peregrinos recém-chegados fossem saudados com ramos sob a
entonação de versos do Hallel – “Cânticos
de Louvor a Deus”, que corresponde do Salmo 113 ao 118. A recepção contava
ainda com o “comum balançar dos ramos” – homenagem costumeira aos soberanos.
No entanto, algumas diferenças podem ser percebidas em relação à entrada
de Cristo e a dos demais peregrinos. Primeiro, um Rei, se viesse montado em
algum animal, não seria num “jumentinho”. Logo, isto remete à humildade de
Jesus. Segundo, há uma diferença no cântico entoado: a vindicação de Cristo (como)
– Rei, (Jo 12.13, Lc 19.38); profeta (Mt 21.11); o cumprimento das expectativas
messiânicas do povo, (Mc 11.10). Terceiro, os mantos colocados sobre o
“Jumentinho” (Mt 21.7 – reforçam o caráter soberano do Messias esperado anunciado
pelo profeta Zacarias, Zc 9.9). Quarto, a chegada de Jesus agitou toda cidade
(Mt 21.10); Quinto, a multidão louvava em gratidão a todos os milagres
realizado por Jesus (Lc 19.37).
Embora o cumprimento da profecia feita por Zacarias viesse a ser
entendido pelos Rabinos, num momento posterior ao acontecido, parte da multidão
sabia quem era Cristo e o significado de Sua entrada em Jerusalém, Mt 21.11. Há
um sentido implícito na afirmação e reconhecimento de Cristo pela multidão: a
ascendência do reinado messiânico foi na periferia, entre os pobres, oprimidos,
cegos e aleijados.
Sobre este mesmo Cristo, ainda p erguntam: “quem é este?”. Entretanto,
hoje há uma pluralidade de respostas. Contudo, independente das respostas dadas
por muitos (falsos) profetas contemporâneos, Ele permanece “O bendito que vem o
nome do Senhor”.
Por vezes, Cristo passa despercebido realizando seus prodígios e
maravilhas nas periferias do mundo. Ele permanece operando milagres e trazendo
de volta à vida aqueles que ainda estão sob o domínio das trevas Cl 1.13,17. O
Rei Jesus não se apresenta em acordo aos padrões do mundo, pois o Reino de Deus
torna-se visível através da “paz e alegria no Espírito Santo” Rm 14.17, e isto
só é compreensível aos nascidos de novo Jo 3.3.
Portanto, não precisamos da convocação de um jejum realizado pelo líder
da nação. Cristo está à porta e bate. Promete cear com todo aquele que abrir a
porta. [Ap 3.20] Esta promessa engloba a presença plena e soberana de Jesus nas
vidas de cada um que abre a porta para Ele. Que tenhamos sensibilidade para
perceber Cristo chegando as nossas vidas. Não deixemos que Ele passe sem que o
vejamos (percebamos)... Lc 24.32.
"Pax Christi", Rafael Mota
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